Convidamos a todos para a Defesa da Dissertação de Mestrado da discente do nosso programa, Patrícia Alves Tavares dos Reis.

A defesa pública ocorrerá no dia 22/10/2025 às 08h:00 por videoconferência com acesso atráves do link: https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/endocrinohv-ufu

Será apresentado o trabalho com título: Aplicabilidade do fitoesterol na terapêutica de cães portadores de diabetes mellitus com hipercolesterolemia

Resumo: 

Objetivo: Avaliar a eficácia e segurança dos fitoesteróis no tratamento da dislipidemia em cães
diabéticos.
Delineamento: Ensaio clínico randomizado, duplo-cego, cruzado, controlado por placebo.
Animais: Nove cães de diferentes raças (8 fêmeas, 1 macho) com diabetes mellitus bem controlado, com
idade de 9,3 ± 2,1 anos e peso de 18,8 ± 10,7 kg.
Procedimentos: Os cães receberam fitoesteróis (650 mg a cada 12 horas) ou placebo por 30 dias em
delineamento cruzado. Todos os cães foram alimentados com ração comercial específica para diabéticos
durante todo o estudo. Amostras de sangue foram coletadas no período basal (T0), dia 30 (T30) e dia 60
(T60) para avaliação do perfil lipídico incluindo colesterol total, HDL-colesterol, LDL-colesterol e
triglicerídeos, bem como parâmetros bioquímicos e hematológicos.
Resultados: A suplementação com fitoesteróis não apresentou efeitos adversos relevantes nos
parâmetros clínicos ou laboratoriais. Embora tenham sido observadas tendências de redução do
colesterol total e LDL, aumento do HDL e melhora da razão HDL/LDL durante o tratamento com
fitoesteróis, essas alterações não foram estatisticamente significativas (P > 0,05). Não foram detectadas
diferenças significativas entre os tratamentos com fitoesteróis e placebo para nenhum dos parâmetros
lipídicos avaliados.
Conclusões e Relevância Clínica: A administração de fitoesteróis mostrou-se segura em cães diabéticos,
porém não demonstrou eficácia na redução dos lipídios sanguíneos. A ausência de eficácia pode ser
atribuída à fisiopatologia da dislipidemia diabética, onde a síntese hepática de lipídios predomina sobre
a absorção intestinal, ao menor teor de gordura nas dietas específicas para diabéticos potencialmente
limitando a absorção dos fitoesteróis, e às diferenças espécie-específicas no metabolismo lipoproteico.
Estudos futuros com maior tamanho amostral, períodos de tratamento mais longos e dosagem ajustada
por peso são necessários para avaliar completamente o potencial terapêutico dos fitoesteróis na
dislipidemia diabética canina.

Palavras-chave: diabetes mellitus, dislipidemia, fitoesteróis, colesterol, cães

Abstract: 

Objective: To evaluate the efficacy and safety of phytosterols in the treatment of dyslipidemia in
diabetic dogs.
Design: Randomized, double-blind, crossover, placebo-controlled clinical trial.
Animals: Nine dogs of different breeds (8 females, 1 male) with well-controlled diabetes mellitus, aged
9.3 ± 2.1 years and weighing 18.8 ± 10.7 kg.
Procedures: Dogs received phytosterols (650 mg every 12 hours) or placebo for 30 days in a crossover
design. All dogs were fed a commercial diet specific for diabetics throughout the study. Blood samples
were collected at baseline (T0), day 30 (T30), and day 60 (T60) for lipid profile evaluation including total
cholesterol, HDL-cholesterol, LDL-cholesterol, and triglycerides, as well as biochemical and hematological
parameters.
Results: Phytosterol supplementation showed no relevant adverse effects on clinical or laboratory
parameters. Although trends toward reduction in total cholesterol and LDL, increased HDL, and
improved HDL/LDL ratio were observed during phytosterol treatment, these changes were not
statistically significant (P > 0.05). No significant differences were detected between phytosterol and
placebo treatments for any of the lipid parameters evaluated.
Conclusions and Clinical Relevance: Phytosterol administration proved safe in diabetic dogs but did not
demonstrate efficacy in reducing blood lipids. The lack of efficacy may be attributed to the
pathophysiology of diabetic dyslipidemia, where hepatic lipid synthesis predominates over intestinal
absorption, the lower fat content in diabetic-specific diets potentially limiting phytosterol absorption,
and species-specific differences in lipoprotein metabolism. Future studies with larger sample sizes,
longer treatment periods, and weight-adjusted dosing are needed to fully evaluate the therapeutic

potential of phytosterols in canine diabetic dyslipidemia.

Keywords: diabetes mellitus, dyslipidemia, phytosterols, cholesterol, dogs