Ultrassonografia modo B, Doppler e Elastografia de Deformação em cadelas com piometra para avaliação de lesão renal aguda.
Publicado: 21/01/2025 - 13:37
Última modificação: 22/01/2025 - 14:49
Convidamos a todos para a Defesa da Dissertação de Mestrado da discente do nosso programa, Lara Vilela Soares.
A defesa pública ocorrerá no dia 24/01/2025 às 14h00, por videoconferência. Acesse o link: https://conferenciaweb.rnp.br/sala/leandro-crivellenti
Será apresentado o trabalho com título: ULTRASSONOGRAFIA MODO B, DOPPLER E ELASTOGRAFIA DE
DEFORMAÇÃO EM CADELAS COM PIOMETRA PARA AVALIAÇÃO DE
LESÃO RENAL AGUDA.
Resumo: A ultrassonografia convencional permite uma avaliação morfológica detalhada dos rins.
Quando associada a técnicas complementares como Doppler e Elastografia, essa ferramenta
expande suas funcionalidades, proporcionando uma análise mais abrangente da vascularização
e elasticidade tecidual, respectivamente. No entanto, estudos correlacionando esses métodos
ultrassonográficos com o exame histopatológico em pacientes com lesão renal aguda (LRA) são
escassos na literatura científica. Assim, este estudo visou avaliar a aplicabilidade da
ultrassonografia modo B, Doppler e elastografia de deformação como ferramentas
complementares para o diagnóstico precoce de lesão renal aguda (LRA) em cadelas com
piometra. Foram avaliadas 20 fêmeas diagnosticadas com piometra, atendidas no Hospital
Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia, que passaram por avaliações físicas,
laboratoriais, ultrassonográficas e histopatológicas. A ultrassonografia modo B foi utilizada para
avaliar a morfologia renal (ecotextura, ecogenicidade, relação cortico-medular, comprimento do
rim/diâmetro da aorta e superfície). O Doppler permitiu a avaliação da integridade vascular,
fornecendo valores de velocidade sistólica, diastólica e índice de resistividade. A elastografia foi
empregada para analisar a distribuição de rigidez tecidual através de um elastograma, onde as
cores verde, azul e vermelha foram quantificadas através do programa ImageJ.Com base nos
resultados histopatológicos, os pacientes foram classificados em dois grupos, de acordo com a
severidade das lesões: moderado e severo. Diferenças estatisticamente significativas foram
observadas na contagem de plaquetas (p = 0,04), razão proteína-creatinina urinária (RPC) (p =
0,0004) e elastografia (p = 0,018) entre os grupos. Esses achados sugerem que a elastografia
pode atuar como uma ferramenta complementar promissora no diagnóstico de LRA, destacando
a necessidade de estudos adicionais para aprofundar sua aplicabilidade.
Abstract: Conventional ultrasonography provides a detailed morphological evaluation of
the kidneys. When combined with complementary techniques such as Doppler and
elastography, this tool expands its functionalities, offering a more comprehensive
analysis of tissue vascularization and elasticity. However, studies correlating these
ultrasonographic methods with histopathological findings in patients with acute kidney
injury (AKI) are scarce in the scientific literature. This study aimed to assess the
applicability of B-mode ultrasonography, Doppler, and strain elastography as
complementary tools for the early diagnosis of AKI in bitches with pyometra. Twenty
female dogs diagnosed with pyometra, attended at the Veterinary Hospital of the
Federal University of Uberlândia, were evaluated through physical, laboratory,
ultrasonographic, and histopathological examinations. B-mode ultrasonography was
used to assess kidney morphology (echotexture, echogenicity, corticomedullary ratio,
kidney-to-aorta length ratio, and surface). Doppler ultrasound enabled the evaluation of
vascular integrity by providing values for systolic and diastolic velocities and resistive index.
Elastography was used to analyze tissue stiffness distribution through
elastograms, where green, blue, and red areas were quantified using the ImageJ
software. Based on histopathological findings, the patients were classified into two
groups according to lesion severity: moderate and severe. Statistically significant
differences were observed for platelet count (p = 0.04), urinary protein-to-creatinine
ratio (UPC) (p = 0.0004), and elastography (p = 0.018) between groups. These findings
suggest that elastography could serve as a promising complementary tool in the
diagnosis of AKI, highlighting the need for further studies to deepen its applicability.